O governador do Amazonas, Wilson Lima, confirmou sua participação no ato marcado para o próximo domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O convite partiu do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador paulista, Tarcísio de Freitas, que organizam a manifestação.
O governador usou as redes sociais para confirmar sua participação no evento: “À convite de Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, estarei no ato da avenida Paulista, em São Paulo, no próximo domingo, em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro”, postou o governador.
Wilson Lima reforçou seu apoio à causa, alinhando-se publicamente com os líderes políticos que defendem o perdão legal para os acusados pelos episódios ocorridos em Brasília há mais de um ano.
A presença do governador amazonense no ato evidencia sua proximidade com Bolsonaro e Tarcísio, além de sinalizar uma possível articulação mais ampla entre setores conservadores em torno de pautas comuns. Críticos, no entanto, veem a mobilização como um desafio às instituições democráticas, enquanto apoiadores a consideram uma defesa de "justiça e equilíbrio".
No segundo turno das eleições de 2022, Wilson Lima declarou apoio ao então candidato à reeleição à presidência da República, Jair Bolsonaro. Apesar de ter conseguido se reeleger, o governador saiu derrotado em diversos municípios do interior do estado, em Parintins, Barreirinha e Boa Vista do Ramos o governador venceu no 1ª turno, mas declara publicamente seu apoio ao candidato da direita, Wilson saiu derrotado no 2ª turno. Especialistas políticos avaliaram que defender o candidato de direita foi um "tiro no pé" de Wilson Lima, considerando que o eleitorado do interior tende a ser mais favorável às pautas apoiadas pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Diferentemente da capital do estado onde a concentração de eleitores que votam em candidatos da direita é mais amplo.
Segundo análises do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2022, o Amazonas apresentou uma divisão clara entre capital e interior: enquanto Manaus e outras cidades metropolitanas concentraram maior apoio a Bolsonaro, municípios do interior mostraram maior adesão a Lula, reflexo de demandas locais por políticas sociais e desenvolvimento regional.