Ficou mais intenso o ritmo de descida das águas do rio Amazonas na região de Parintins durante o mês de agosto. Segundo a Estação de Monitoramento de Parintins, do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) e da Agência Nacional de Águas (ANA), o recuo diário já alcança picos de 10 centímetros por dia ao longo da primeira quinzena do mês. Nesta terça-feira (13/8), o rio alcançou a cota de 4,74 metros, medida considerada abaixo da média histórica para esse período do ano.
Na comparação com o ano passado, nesse dia 13 de agosto, quando a cota foi de 6,32 metros, o rio Amazonas está 1,58 metros abaixo em 2024. A situação preocupa porque a estiagem de 2023 é considerada a mais severa em 50 anos de monitoramento.
A diferença fica ainda mais evidente quando a comparação é feita com o ano de 2022. No dia 13 de agosto daquele ano a cota do rio foi 7,58 metros. Portanto, o rio Amazonas está 2,84 metros abaixo em 2024.
A seca dos rios na Amazônia segue sendo motivo de preocupação para autoridades, especialistas e principalmente para quem vive na região. Diante do avanço da estiagem e prognósticos que indicam mais um ano de seca severa, a aceleração no ritmo de descida das águas só aumenta a preocupação. Alguns municípios do Estado já enfrentam transtornos por conta da situação, caso de municípios ao sul e oeste do Estado.
De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, até o momento, mais de 88 mil pessoas foram impactadas pela vazante no Amazonas, totalizando em torno de 22 mil famílias afetadas. O Governo do Amazonas anunciou o envio de ajuda humanitária para a população atingida por meio da Operação Estiagem. A primeira etapa dessa operação deve atender famílias nas calhas dos rios Juruá, Purus e Alto Solimões.
Na ajuda devem ser enviadas cestas básicas, sistemas de abastecimento de água, purificadores de ar e outros equipamentos.
Dados da estaçaõ de monitoramento (13/08/24)
2024: 4,74
2023: 6,32
2022: 7,58
2023: 7,71
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